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Uso da bicicleta avança no Brasil, mas segurança ainda é principal desafio 2h4l1

Pesquisa da Tembici revela que 36% dos usuários deixam de pedalar mais por receio de acidentes. Mulheres se sentem ainda menos seguras nas ruas. 2s6e3l


Por Assessoria de Imprensa Publicado 22/05/2025 às 13h30
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uso da bicicleta Brasil
Apesar do avanço, a segurança no trânsito ainda é o principal entrave para a expansão da ciclomobilidade nas cidades brasileiras. Foto: Divulgação Tembici

O uso da bicicleta como meio de transporte urbano cresce de forma consistente no Brasil. Segundo dados divulgados em maio de 2025 pela Tembici, empresa líder em micromobilidade na América Latina, mais da metade dos brasileiros (53%) utilizam bikes compartilhadas em trajetos cotidianos, como idas à academia, faculdade ou trabalho. O levantamento mostra ainda que 70% dos usuários têm a intenção de pedalar mais ao longo do ano.

Apesar do avanço, a segurança no trânsito ainda é o principal entrave para a expansão da ciclomobilidade nas cidades brasileiras. Entre os participantes da pesquisa realizada pela Tembici com sua base de usuários, 36% citaram o medo de acidentes como o maior obstáculo para pedalar com mais frequência.

A preocupação é ainda mais acentuada entre as mulheres. Enquanto 33% dos homens mencionaram a insegurança como um fator limitante, esse índice sobe para 40% entre as mulheres entrevistadas. O dado revela uma disparidade de percepção que também evidencia a necessidade de políticas públicas mais inclusivas e seguras para todos os perfis de ciclistas.

Maio Amarelo e o papel da micromobilidade 5b6v2e

Em sintonia com o Maio Amarelo, mês voltado à conscientização para a redução de acidentes de trânsito, a divulgação da pesquisa reforça a importância de debater a segurança dos ciclistas nas vias urbanas. Thiago Boufelli, Diretor de Operações da Tembici, destaca que a análise dos obstáculos enfrentados pelos usuários ajuda a orientar soluções que promovam cidades mais seguras e íveis.

“Destacar aspectos que impactam a experiência do ciclista é uma maneira de incentivar a cultura da bicicleta ao mostrar as oportunidades que as cidades têm para se tornar espaços que fomentam a ciclomobilidade. Como próximo o, o desenvolvimento de propostas e parcerias que mitiguem a insegurança no trânsito é essencial. A transformação da mobilidade urbana envolve escuta, planejamento e, principalmente, execução”, afirma Boufelli.

Além disso, o executivo lembra que a legislação brasileira já prevê proteção diferenciada aos usuários mais vulneráveis no trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro determina que “o maior deve proteger o menor”, conceito que reforça a responsabilidade dos motoristas em garantir a segurança de pedestres e ciclistas nas vias públicas.

Cenário latino-americano e infraestrutura deficiente 4h3l67

Os desafios enfrentados no Brasil se repetem em outros países da América Latina. A região contabiliza mais de 45 mil bicicletas compartilhadas distribuídas em cerca de 80 sistemas. O Brasil se destaca como o país com a maior oferta de bike-sharing do continente, respondendo por 35% do total de bikes disponíveis.

Contudo, a infraestrutura ainda não acompanha esse crescimento. A proporção de vias com ciclovias ou ciclofaixas não ultraa 6% da malha viária urbana da América Latina, segundo o levantamento da Tembici. O dado evidencia a urgência de investimentos em infraestrutura cicloviária que garantam segurança, conforto e conectividade para os ciclistas.

Promover o uso da bicicleta no Brasil como solução urbana 1w513v

A bicicleta tem se consolidado como uma solução eficiente, sustentável e econômica para os desafios da mobilidade urbana. Além de reduzir congestionamentos e emissões de poluentes, contribui para a saúde da população e o dinamismo das cidades. Mas para que mais pessoas adotem esse meio de transporte, é essencial criar condições seguras e convidativas.

A pesquisa da Tembici, ao mapear os anseios dos usuários, traz um alerta claro para o poder público, empresas e sociedade civil: sem segurança, o uso da bicicleta tende a estagnar, mesmo com sua crescente popularidade. O momento é propício para avançar com ações concretas que valorizem o ciclista e tornem as ruas mais humanas e inclusivas.

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