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Colisões frontais são principal causa de morte nas rodovias 1w364w


Por Mariana Czerwonka Publicado 10/07/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h48
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Colisões frontais34% das mortes nas rodovias federais foram causadas por este tipo de acidente

Assessoria de Imprensa Perkons

Mariana Simino

As colisões frontais (comuns em ultraagens), apesar de serem apenas 3% do total de acidentes ocorridos em rodovias federais representaram 34% das mortes, no período de agosto de 2013 a julho de 2014, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal. Para evitar comportamentos de risco, o motorista deve conhecer as dicas de segurança e motivos que levam motoristas a se envolveram em acidentes.

Ultraagem, segundo o anexo I do Código de Trânsito Brasileiro (CTB): “é o movimento de ar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem”. A especialista em trânsito da Perkons, Idaura Lobo Dias, lembra que o ato demanda prudência, paciência e respeito pelos demais ocupantes da via para ser realizado com segurança. “Antes de iniciar uma ultraagem garanta que nenhum condutor atrás ou à sua frente está começando ou sinalizando que irá fazer o mesmo. Sempre dê a preferência nesses casos. Também tenha certeza que a faixa de trânsito que você utilizará está livre numa extensão suficiente para que essa manobra seja feita em segurança”, orienta.

Confirmada a possibilidade de realizar a ultraagem, Idaura explica que, para dar início à manobra, o motorista deve sinalizar com antecedência sua intenção, através da luz indicadora de direção (pisca ou seta); afastar-se do veículo a ser ultraado, mantendo distância dianteira e lateral; e, ao concluir a ultraagem, sinalizar antes de voltar à faixa de origem.

“Não ultrae em locais proibidos, como pontes, travessias de pedestres, trechos sem visibilidade suficiente ou em áreas urbanas.”, completa.

Há regras de segurança para quem é ultraado também. A especialista da Perkons diz que o condutor não deve acelerar, como já determina a lei. “Utilize a faixa da esquerda somente para ultraar, depois retorne para a direita. Deixe agem para quem está mais rápido que você. Se há um veículo à sua frente em menor velocidade, reduza a marcha e mantenha distância dele até que possa ultraá-lo e seguir seu caminho”, sugere.

Acaso ou imprudência?

Israel de Moura Farias Júnior, Tenente Coronel da Polícia Militar de Pernambuco, afirma que os acidentes por ultraagem não ocorrem por acaso e sim por imprudência. Em rodovias, é comum os condutores abusarem da confiança e da velocidade quando há pavimento de qualidade, boas condições climáticas, veículo novo, excesso de autoconfiança e a sensação de impunidade. “Por excesso de confiança, muitos motoristas tentam fazer a ultraagem sabendo que não tem espaço suficiente para isso e criam uma condição de perigo para si e para os demais que trafegam na rodovia”, avalia.

Para o Tenente Coronel, é preciso sempre seguir o que o CTB determina e ele é claro quanto às ultraagens. O artigo 29 determina que a ação deverá ser feita sempre pela esquerda, exceto quando o veículo a ser ultraado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda. Ainda de acordo com o artigo, quando a pista comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido, as da direita são destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à ultraagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade. “Quando a pista tem três faixas aquele que está na esquerda e notar que o veículo de trás deseja ultraar é obrigado a se deslocar para a faixa da direita (chegando à faixa central). Caso esteja na faixa do centro ou da direita, não é preciso se mover”, complementa.

Os caminhões, por serem veículos mais lentos, têm regras específicas. Por exemplo, quando transitar em fila, deixar espaço entre um caminhão e outro para que o carro possa intercalar-se entre esses veículos com segurança, conforme determina o artigo 30.

A especialista da Perkons alerta ainda para o uso adequado do acostamento. “Ultraar utilizando os acostamentos é errado e pode provocar acidentes. Essas áreas são para paradas em casos de emergência”, finaliza.

Com informações da Assessoria de Imprensa

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